Tradução

Como conseguir a atenção da plateia


A grande maioria das pessoas e profissionais erram ao usar o mesmo tipo de linguagem e postura com as pessoas ao seu redor.

Você já ouviu a frase de que devemos tratar as pessoas como gostaríamos de ser tratados? Pois bem, isso nem sempre funciona. E as chances de acumular frustrações são bem maiores. É muito mais assertivo tratar o outro como ele gosta e quer ser tratado. Suas chances de ter sucesso, com certeza, serão maiores.

A Programação Neurolinguística (PNL) nos ajuda a organizar os diversos tipos e estilos de pessoas em grupos. Existem três formas de processar a informação internamente: visualmente, auditivamente e cinestesicamente.
Todos nós, sem exceção, usamos os três sistemas representacionais o tempo todo, porém temos um modelo dominante (mínimo 40%).
As pessoas que são mais visuais, geralmente, falam rápido, são objetivas, gesticulam bastante, se fixam nos detalhes do ambiente, nas cores, valorizam o esmero e a decoração, falam de uma maneira confusa, pois tendem a seguir suas imagens interiores, não percebendo que as outras pessoas não estão vendo-as. Conseguem fazer várias coisas ao mesmo tempo. 



Os auditivos são bons ouvintes, seus pensamentos ocorrem em velocidade moderada, conversam consigo antes de responder qualquer pergunta. Prestam atenção aos sons ao seu redor. Geralmente, são organizados, necessitam de informações detalhadas e instruções para realizar tarefas. Concentram-se em uma coisa por vez. 


Os cinestésicos privilegiam o toque e a aproximação das pessoas. Falam pausadamente, gesticulam bastante, porém são gestos mais baixos, e são impacientes para ouvir. Preferem a ação. Aprendem fazendo. São extrovertidos, falantes, animados e emotivos. Gostam de bem-estar e aconchego. 
As pessoas que são mais de 40% cinestésicas são amigas do bairro todo. Abraçam de corpo inteiro. Aceitam convites para todos os  eventos, até batizado do cachorro do amigo. São tão emotivos que são capazes de chorar no velório de quem nem conhecem. Sabe aquele tipo de pessoa que você convida para almoçar e ela não vai mais embora? A noite chega e ela, ainda, está lá? E se você a convidar para dormir, ela aceita? 


A essa altura, você pode estar se perguntando qual é o seu sistema representacional dominante. No entanto, quando fizer uma palestra, procure levar em consideração que terão pessoas com dominância nos três sistemas na plateia. Nesse caso, utilize recursos visuais, auditivos e cinestésicos. De nada vai adiantar satisfazer apenas ao seu próprio sistema. Afinal, a sua mensagem está sendo direcionada para quem? Você quer a atenção de quem?

Segundo Eduardo Ferraz, 50 % das pessoas são visuais, 20% são auditivas e 30% são cinestésicas. Portanto, se falar para apenas um determinado público, poderá perder a metade, ou até mais, da plateia. 

Como planejar e organizar a palestra para obter a atenção da plateia?
Para os auditivos, use argumentações corretas, informações técnicas, siga uma sequência lógica e ordenada de raciocínio, enfatize pontos com entonação diversificada na voz e, se possível, informações por escrito.

Para ter sucesso com os visuais, seja objetivo, com informações aplicáveis e práticas, sem prolongar-se em detalhes e utilize imagens bonitas e coloridas. Poderá pedir para que façam algumas anotações.

Para os cinestésicos, use exemplos concretos fazendo referências a sensações, imagens dinâmicas, com movimentos, não falar apressado e citar algo engraçado que os faça rir. Caso seja possível, movimente-se, ora se aproximando da plateia, ora afastando-se.

Outra dica que o ajudará bastante, é utilizar os predicativos adequados aos sistemas representacionais dominantes dos ouvintes.
Predicativos são verbos, adjetivos, advérbios ou expressões que, geralmente, são muito utilizados pelos ouvintes, no dia a dia, de acordo com seu próprio sistema representacional.
Alguns exemplos a seguir.

Visuais: veja, claro, aparecer, imaginar, focalizar, bonito, vista, brilhante, panorama, cor, ponto de vista, obstáculo, escuro, aspecto, apagar, horizonte, notar, mostrar, clarear, perspectiva, noção vaga, colírio para os meus olhos, sem sombra de dúvida, olho fixo, à luz de, ideia obscura.

Auditivos: ouvir, mencionar, harmonia, volume, ruído, estalo, estridente, murmúrio, soar, ensurdecedor, música para os meus ouvidos, isso é grego para mim, maneira de falar, alto e claro, palavra por palavra, conversa mole, maneira de dizer, porta-voz.

Cinestésicos: sensação, pressão, suave, não esquenta, pessoa fria e insensível, não peguei a ideia, firme, estresse, afiado como faca, sinto isso nos meus ossos, impulso, agarrar, sólido, cabeça fresca, aguentar firme, estar nas nuvens.

É importante comunicar-se nos três canais. E você poderá desenvolver os outros dois sistemas usados com menor intensidade. Basta praticar, conscientemente, aguçando suas percepções.

Quando sair na rua ou num parque, concentre sua atenção somente nas imagens, por alguns minutos. Note os detalhes quanto à cor, tamanho, movimentos, formas. Quanto mais detalhes, melhor. Depois, atente, apenas, para os sons que você ouve. Barulhos, ruídos e buzinas dos carros, canto dos pássaros, choro de crianças, músicas. Após isso, concentre sua atenção em todas as sensações do seu corpo e ao seu redor, tais como, o vento no rosto, pés no chão, sua respiração, mão deslizando na sua pele, toque no cabelo, conforto da sua roupa no corpo.
Depois disso, abra os três sistemas ao mesmo tempo.

Você poderá fazer esse exercício em qualquer lugar e assim equilibrar suas percepções.

Conhecer os sistemas representacionais vai lhe ajudar, não só nas suas palestras, como também na gestão de pessoas e relacionamentos pessoais. Já imaginou um namorando visual e a namorada auditiva? Vai adiantar levar presentes ou flores se não falar que a ama? Agora, imagine, um cinestésico e uma visual. Não vai adiantar ser carinhoso, ficar abraçando e beijando a todo instante se não “olhar” para seu vestido novo, não levar flores ou escrever um cartão. Além disso, o modo lento de falar do cinestésico deixará o visual totalmente impaciente. Não é mesmo?

Esse post foi útil para você? 
Recomende a leitura para seus amigos. Eles, também, poderão aprender a desenvolver suas habilidades.

Até mais





0 comentários:

Postar um comentário

Evitando os “Brancos”

Quem já passou pela experiência, durante uma apresentação, no trabalho ou escola, de estar ali nervoso, inseguro, torcendo para que o tempo passe rápido, para acabar com aquele sofrimento e, de repente, a ideia foge da mente? Acontece o tão temido “branco”.


Por que isso acontece? O que fazer para evitar?

A resposta está na nossa preparação técnica e psicológica. Geralmente há uma falha em uma ou em ambas.
Conforme, muito bem comentou nosso leitor, Celso Martins, é importante conhecer bem o assunto que se vai falar. A preparação prévia é fundamental.

Algumas pessoas, porém dominam bem o conteúdo da palestra, são ótimos profissionais na sua área e, mesmo assim, sofrem com os “brancos”.
O que percebemos nos palestrantes nervosos é que eles se preparam psicologicamente para ter o “branco”.

Lembra dos posts anteriores? Tudo é criado na mente para depois tornar-se realidade.
Ao temer muito alguma coisa, passamos a crer que aquilo é possível ou inevitável de acontecer.
Quando alguém pensa no que teme, sem dar-se conta, está construindo aquela imagem mental com os “brancos”. Chegando, até mesmo, sentir a sensação de humilhação e rejeição. Colocam todo o seu potencial e os seus sentidos para trabalhar contra si mesmo.
Nosso cérebro é obediente. Nós só precisamos gerenciá-lo melhor, saber ser o seu comandante.

Vamos realizar outro exercício agora?

Talvez você possa sentar-se ou adotar outra posição ainda mais confortável. Feche os olhos, respire profundamente algumas vezes, relaxe o corpo e visualize-se um palestrante persuasivo, expressivo e convincente, como se estivesse vendo-se numa tela de cinema. E você está ali, sentado, assistindo.
Você já sabe fazer isso. Aprendeu a fazer nos posts anteriores.

Olhe para a projeção na tela, como você está vestido? Observe os detalhes dos seus sapatos, da sua roupa? Qual a cor delas?
Você está usando um perfume? Sinta a fragrância dele.
Como é o tom da sua voz? Perceba a firmeza e o entusiasmo dela.
Como você caminha diante da plateia? Note a sua postura de sucesso.
Olhe para os seus ouvintes e perceba como eles estão atentos ao que você fala. Ouça o som das palmas deles lhe aplaudindo.
Coloque cor nessa imagem. Enriqueça-a com muitos detalhes.
Essa imagem que você está vendo na tela desse cinema é o seu “Eu do amanhã”, num futuro brilhante e próximo. Sinta admiração por ele.
Olhe para o rosto do seu “eu do amanhã” e perceba a expressão de felicidade dele. A sensação que ele está sentindo é tão boa que está pensando: “Eu me sinto muito bem aqui!”.
Ainda na sua imaginação, levante-se da cadeira que você está sentado e vá em direção à tela de projeção. Interiorize-se, entre na cena e assume o papel do seu “eu do amanhã”. Vista as roupas dele e desfrute de todas as sensações de sucesso que acabou de construir para o seu “eu” ideal. Entregue-se, permita-se sentir.
Ainda vivendo-o integralmente, olhe para o seu passado e veja todos os passos que seguiu e tudo o que precisou fazer para estar ali daquela maneira completa e total.
Após isso, se dissocie da cena e se despeça do seu “eu do amanhã”. Dê-lhe um abraço e diga o quanto você está orgulhoso dele por ser esse palestrante de sucesso.
Retorne para o seu lugar. Tudo o que você acabou de construir lhe pertence. Agora é só uma questão de tempo para chegar lá. De agora em diante, essa imagem será a única que você vai ter quando pensar em uma palestra ou apresentação.
Abra os olhos, diga o dia da semana e movimente-se um pouco. Ótimo!

Repita essa técnica quantas vezes quiser. Quanto mais praticar, mais sucesso terá.
Após realizar esse exercício, talvez pudesse compartilhar conosco a sua experiência deixando um comentário.

Até breve!






1 comentários:

Postar um comentário

Mude sua Postura, Mude sua Vida

Trazemos para vocês, nessa semana, a pesquisa desenvolvida pela professora americana Amy Cuddy, psicóloga social: Sua linguagem corporal define quem você é.

O estudo realizado pelo psicólogo Albert Mehrabian, pioneiro em pesquisas sobre linguagem corporal, mostra que a audiência divide a sua atenção da seguinte maneira:
·        55% na linguagem corporal
·        38% na qualidade da voz
·        7% na mensagem

Você já prestou atenção na sua postura durante uma apresentação? Perceba a importância que ela tem: 55%! Os estudiosos a chamam de comunicação não-verbal. O que será que o seu corpo está “falando” para as outras pessoas? Ainda mais importante, o que ele está dizendo a você mesmo?

Comunicação não-verbal pode nos dizer quase tudo o que está acontecendo em uma determinada situação.
Pode, também, nos indicar quem está no poder e quem não está.

E quais são as poses que indicam poder e domínio?

No mundo animal, as poses que indicam poder são todas as que tornam o animal maior, onde ele ocupa mais espaço e o alongam – peito para fora e olhar no horizonte!


Os seres-humanos fazem a mesma coisa quando se sentem poderosos. Cientistas da British Columbia observaram que atletas congenitamente cegos exibiam a mesma postura dos que enxergavam quando venciam. Portanto, esse comportamento é universal e inato. Não é aprendido ou imitado.

Atleta com Visão                 Atleta sem Visão
Observando seus alunos, a professora Amy identificava quais atingiriam as maiores notas, pela forma como se movimentavam em aula, já que a participação era um critério de avaliação em sua disciplina. Os alunos que chegavam na sala de aula ocupando seus espaços, espalhando-se nas cadeiras, obtinham maiores notas. Enquanto aqueles que encolhiam-se e erguiam o braço a meio-palmo para fazer uma pergunta recebiam menores notas. Esse tipo de comportamento é de conhecimento comum, nós julgamos as pessoas, as vezes sem perceber, baseado na sua linguagem corporal.

A pergunta que a professora Amy se fez foi: sabemos que nossos pensamentos e sentimentos mudam nosso corpo, mas será que o contrário é verdade? Será que nosso corpo muda nossa mente? Nesse caso, mudar a mente significava produção ou não de hormônios.

Qual a diferença entre a mente de pessoas “poderosas” e “frágeis”? Pessoas poderosas assumem maior risco, são mais otimistas, assertivas e confiantes. Fisiologicamente apresentam alto nível de testosterona (dominância) e baixo nível de cortisol (stress). Basicamente, o experimento dela consistia em uma medição inicial de tais hormônios, através da saliva dos participantes. Após isso, executavam, durante dois minutos, poses de poder ou de falta dele. Depois, ofereciam a opção de um jogo de azar e, após isso, faziam uma nova medição dos hormônios.

Poses que Empoderam

Poses de falta de poder

Experimento
Dentre as pessoas que fizeram as poses de poder, 86% quiseram jogar, contra 60% das pessoas que fizeram poses de falta de poder. Além disso, houve um aumento de 20% no nível de testosterona, enquanto que o grupo que fez as poses de falta de poder teve uma diminuição de 10%. No caso do cortisol, houve uma diminuição de 25% nas pessoas que fizeram as poses de poder e um aumento de 15% nas de falta de poder.

Aceita um desafio? Adote uma postura de tristeza, curve os ombros, incline o peito para a frente, segure os braços e tente pensar que você está muito feliz e de bem com a vida. Depois, estufe o peito, abra os braços, deixe as costas eretas e se imagine triste e infeliz.
Você vai perceber como isso é difícil. O cérebro não relacionará a postura à emoção, prevalecendo a linguagem corporal.

Portanto, nossa postura dita não só a percepção das outras pessoas sobre nós, mas a nossa também. Exercitando-a por, pelo menos, dois minutos por dia, podemos mudar como nos relacionamos conosco.

No post “Construindo uma nova auto imagem” propomos um exercício a ser realizado na frente de um espelho. Experimente fazê-lo novamente, porém, nos dois primeiros minutos, faça uma ou mais poses de poder e perceba como se sentirá melhor.

Até a próxima semana J




0 comentários:

Postar um comentário

Visualizando o que você deseja

Neste post queremos falar sobre uma valiosa técnica: a visualização.
Luciana, uma das autoras do blog, a utilizava instintivamente e de maneira rudimentar. Após vários cursos e leituras, a técnica foi sendo aprimorada. Essa foi uma das ferramentas que muito lhe ajudou a desenvolver a habilidade de falar em público. Por isso, vamos compartilhá-la com vocês.
Para Luciana, o início da apresentação sempre era a parte mais difícil, pois era naquele momento que a voz mudava, a respiração acelerava e o coração disparava.
Aos poucos percebeu que, todas as vezes que visualizava a abertura das suas apresentações, elas aconteciam exatamente como havia imaginado.
Essa técnica ajuda muito na preparação psicológica de uma apresentação.
Visualize-se, com o maior número possível de detalhes e vá do início ao fim da apresentação, caminhando em direção ao púlpito, iniciando sua apresentação, seus movimentos, o seu tom de voz, a sensação que quer despertar na audiência, olhando a plateia, percebendo as expressões faciais de interesse dos seus ouvintes, a finalização da sua apresentação e a reação dos ouvintes com o impacto esperado por você. Faça isso várias vezes, antes da apresentação, de maneira a criar uma memória positiva, para que quando o momento aconteça, dispare uma postura mais segura e confiante. 

Usando a técnica da visualização criamos um outro caminho, uma nova ligação neural de sucesso, pois o cérebro não sabe distinguir a realidade da imaginação. Isso não é fantástico? (no post da semana passada falamos sobre isso, lembra?).
Essa técnica é usada, também, por atletas, bem como, por artistas.
Exercitar a sua apresentação mentalmente, várias vezes, tem sim o poder de criar uma nova conexão que vai ligar: falar em público com tranquilidade. 



ANTES: Falar em público ---- Medo


DEPOIS: Falar em público ----Tranquilidade

Como visualizar de forma efetiva?
O segredo é ser específico e detalhista. Lembre-se, você está realmente "vivendo" essa situação. 

Aqui vão algumas dicas que lhe ajudarão a criar condições para que você a experimente. 
"Não basta saber, é preciso também aplicar; não basta querer, é preciso também fazer", disse Johann Goethe. Portanto, mãos à obra:
Procure um lugar onde você possa se concentrar, longe dos estímulos que fazem parte da nossa vida agitada (conversas, celular, TV, rádio).
Sempre visualize a sua apresentação do início ao fim, não pule nenhum passo. Veja a plateia, você caminhando até o local, sorridente, calmo, movimente-se com confiança. Agradeça a presença de todos e dê início. Visualize a reação positiva dos ouvintes e continue até o final.

O cérebro aprende o caminho do sucesso, mas também da falha, por isso foque somente nos resultados positivos que deseja atingir, nunca no negativo.

Filme e cronometre até ficar satisfeito com o resultado final. Lembre-se: a prática leva a perfeição.
Se possível, visite o local onde será feita a apresentação ou chegue bem antes e repita o exercício, dessa vez, inserido lá. 

Você já tentou a visualização? Qual foi a sua impressão? Estamos criando um lugar de discussões e troca de ideias. Ficamos pensando se você pode colaborar com suas opiniões e enriquecer ainda mais o nosso blog.
Até a próxima semana :-)

1 comentários:

Postar um comentário