Tradução

Construindo uma nova auto imagem

A comunicação é uma característica inerente ao ser humano.
Quando uma criança começa a falar, não se preocupa com a pronúncia ou se a quantidade de palavras está adequada.
Conversar é o que mais as pessoas fazem durante toda a sua vida.
Por que, então, que quando adultos e diante de uma plateia, onde precisam falar algo, ficam com as mãos suadas, com frio na barriga, o chão some debaixo dos pés, o coração dispara e o corpo fica tenso?
Por que isso é tão difícil para a maioria das pessoas? Será que nasceram assim? O que aconteceu na trajetória de vida delas? 

Antes de prosseguirmos, gostaríamos de salientar que o blog não abordará transtorno de fobia social generalizada. Tais pessoas necessitam de encaminhamento para outros profissionais. Abordaremos crenças que incapacitam as pessoas de falar em público, em situações pontuais.

Nesse post, vamos conversar sobre dois conceitos que servirão de base para o aprofundamento do assunto.
O primeiro é que para alterar essa inabilidade precisamos entender quais foram as experiências que levaram essa pessoa a construir tal crença limitadora.

O cérebro constrói conceitos através de associações de memórias conectadas com pensamentos e sentimentos e, dessa forma, vai construindo uma rede neural.
Há alguns anos, acreditava-se que as ligações neurais do cérebro de um adulto não se modificavam. Muitos de nós já ouvimos esse ditado: “cachorro velho não aprende truques novos”. Pois bem, para sorte nossa, isso não é verdade.

Para vencer a dificuldade basta criar uma outra rede neural a partir de vivências de sucesso.
Talvez você esteja se perguntando, como fazer isso se o medo não permite ter essas vivências positivas. Será que voltamos ao ponto de partida?
Tranquilize-se. Podemos afirmar que isso é possível. 

A neurociência nos ajuda a entender como funciona nossa mente. Ela comprova que o cérebro não faz distinção entre lembrança e imaginação.
Ao conectar o cérebro de uma pessoa a computadores e scanners, os experimentos científicos comprovaram que, quando uma pessoa vê um objeto, ela ativa algumas áreas do cérebro. E, ao fechar os olhos e imaginar aquele objeto, ocorre a ativação das mesmas áreas como se estivesse vendo-o. 

Em 2007, a Universidade de Harvard fez uma pesquisa onde os participantes se dispuseram a praticar exercícios para os cinco dedos no piano, durante duas horas, cinco dias da semana. Metade do grupo praticava e a outra imaginava a prática. Durante a atividade, os participantes tiveram seus impulsos registrados por imagem e a conclusão foi que, em ambas as práticas —real e imaginária —, ativavam as mesmas áreas do cérebro. 

Vamos colocar o conhecimento em prática? 

Nos próximos dias, queremos que você substitua quadros mentais negativos, a seu respeito, por outros positivos. Para cada pensamento de baixa qualidade que, eventualmente, tenha, apenas coloque outro bom em sua mente. 

Queremos que faça esse exercício, diariamente, diante de um espelho. Relaxe o corpo, respire profunda e lentamente algumas vezes, erga os ombros e adote uma postura de sucesso. Não sabe fazer essa postura? Lembre-se de alguém bem-sucedido e que você admira. Aprenda a fazer.
Aproveite esse momento para dizer, para você mesmo, frases que criarão uma nova imagem: a de um comunicador de sucesso. 

Formule, claramente, o que deseja ser e fazer. Lembre-se de que, primeiro, precisa criar a imagem mental.

Para você fazer isso eficazmente, precisamos falar sobre o segundo conceito.
O cérebro não identifica a palavra NÃO. Se pedirmos para você: “Não pense numa praia”. O que lhe vem à mente? Certamente, a praia.
Utilizar frases dizendo o que não queremos é reforçar, ainda mais, o indesejado.
Substitua “Não quero ficar nervoso” por “Estou calmo”.
Com essas dicas você dará início à programação para o sucesso e à construção de uma nova imagem que o levará a ser um palestrante bem-sucedido.

Deixo, para reflexão, um pensamente de Márcio Kühne: 


No próximo post vamos compartilhar uma poderosa técnica que vai lhe ajudar muito. Até lá.

Abraço




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