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Mude sua Postura, Mude sua Vida

Trazemos para vocês, nessa semana, a pesquisa desenvolvida pela professora americana Amy Cuddy, psicóloga social: Sua linguagem corporal define quem você é.

O estudo realizado pelo psicólogo Albert Mehrabian, pioneiro em pesquisas sobre linguagem corporal, mostra que a audiência divide a sua atenção da seguinte maneira:
·        55% na linguagem corporal
·        38% na qualidade da voz
·        7% na mensagem

Você já prestou atenção na sua postura durante uma apresentação? Perceba a importância que ela tem: 55%! Os estudiosos a chamam de comunicação não-verbal. O que será que o seu corpo está “falando” para as outras pessoas? Ainda mais importante, o que ele está dizendo a você mesmo?

Comunicação não-verbal pode nos dizer quase tudo o que está acontecendo em uma determinada situação.
Pode, também, nos indicar quem está no poder e quem não está.

E quais são as poses que indicam poder e domínio?

No mundo animal, as poses que indicam poder são todas as que tornam o animal maior, onde ele ocupa mais espaço e o alongam – peito para fora e olhar no horizonte!


Os seres-humanos fazem a mesma coisa quando se sentem poderosos. Cientistas da British Columbia observaram que atletas congenitamente cegos exibiam a mesma postura dos que enxergavam quando venciam. Portanto, esse comportamento é universal e inato. Não é aprendido ou imitado.

Atleta com Visão                 Atleta sem Visão
Observando seus alunos, a professora Amy identificava quais atingiriam as maiores notas, pela forma como se movimentavam em aula, já que a participação era um critério de avaliação em sua disciplina. Os alunos que chegavam na sala de aula ocupando seus espaços, espalhando-se nas cadeiras, obtinham maiores notas. Enquanto aqueles que encolhiam-se e erguiam o braço a meio-palmo para fazer uma pergunta recebiam menores notas. Esse tipo de comportamento é de conhecimento comum, nós julgamos as pessoas, as vezes sem perceber, baseado na sua linguagem corporal.

A pergunta que a professora Amy se fez foi: sabemos que nossos pensamentos e sentimentos mudam nosso corpo, mas será que o contrário é verdade? Será que nosso corpo muda nossa mente? Nesse caso, mudar a mente significava produção ou não de hormônios.

Qual a diferença entre a mente de pessoas “poderosas” e “frágeis”? Pessoas poderosas assumem maior risco, são mais otimistas, assertivas e confiantes. Fisiologicamente apresentam alto nível de testosterona (dominância) e baixo nível de cortisol (stress). Basicamente, o experimento dela consistia em uma medição inicial de tais hormônios, através da saliva dos participantes. Após isso, executavam, durante dois minutos, poses de poder ou de falta dele. Depois, ofereciam a opção de um jogo de azar e, após isso, faziam uma nova medição dos hormônios.

Poses que Empoderam

Poses de falta de poder

Experimento
Dentre as pessoas que fizeram as poses de poder, 86% quiseram jogar, contra 60% das pessoas que fizeram poses de falta de poder. Além disso, houve um aumento de 20% no nível de testosterona, enquanto que o grupo que fez as poses de falta de poder teve uma diminuição de 10%. No caso do cortisol, houve uma diminuição de 25% nas pessoas que fizeram as poses de poder e um aumento de 15% nas de falta de poder.

Aceita um desafio? Adote uma postura de tristeza, curve os ombros, incline o peito para a frente, segure os braços e tente pensar que você está muito feliz e de bem com a vida. Depois, estufe o peito, abra os braços, deixe as costas eretas e se imagine triste e infeliz.
Você vai perceber como isso é difícil. O cérebro não relacionará a postura à emoção, prevalecendo a linguagem corporal.

Portanto, nossa postura dita não só a percepção das outras pessoas sobre nós, mas a nossa também. Exercitando-a por, pelo menos, dois minutos por dia, podemos mudar como nos relacionamos conosco.

No post “Construindo uma nova auto imagem” propomos um exercício a ser realizado na frente de um espelho. Experimente fazê-lo novamente, porém, nos dois primeiros minutos, faça uma ou mais poses de poder e perceba como se sentirá melhor.

Até a próxima semana J




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