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Vencendo a autossabotagem: a inimiga do sucesso

Já ouviu falar em autossabotagem? O que significa isso? Pode ser que você não saiba o que é, porém, certamente, já experimentou momentos em que você devia agir de uma determinada maneira e fez, exatamente, o oposto.
É como se existisse duas pessoas com desejos contrários e conflitantes dentro de você, vencendo a que tem mais força. É quando você puxa o “seu próprio tapete”. 

Autossabotagem é um mecanismo de defesa. O objetivo é garantir o seu bem-estar. Não quer que nenhuma mudança abale o equilíbrio aparente da sua vida.
Como é possível proteger se acaba prejudicando? Por que isso acontece? Como resolver? 



A autossabotagem tem muitas origens e pode se manifestar de diversas maneiras. Nesse post, vamos analisar algumas delas.

É muito importante não confundir autossabotagem com disfunções neuroquímicas do cérebro que comprometem o desenvolvimento cognitivo fazendo as pessoas procrastinarem, como o deficit de atenção (TDAH) por exemplo. 

Já falamos sobre a importância de ter bem definido o que desejamos, fazer uma boa formulação de objetivos. Hoje, vamos analisar porque, algumas vezes, por motivos desconhecidos, você não consegue realizar nenhuma ação para atingir seus objetivos e ocorre a autossabotagem. Será que tem alguma coisa de errado com o que desejamos?

Pois bem, é provável que em algum nível do seu sistema exista alguma parte que não concorda com seu objetivo. No entanto, você não sabe disso de modo consciente. 

Vamos citar um exemplo para facilitar o entendimento. Uma moça queria muito vencer o medo de falar em público e planejava fazer um curso que a prepararia para isso. Embora esse fosse seu objetivo, não entendia porque sempre adiava sua inscrição no curso. Colocando o seu ideal cada vez mais longe.

Enquanto não existir congruência entre você e seu objetivo, ou acreditar que não consegue fazê-lo, descobrirá maneiras inconscientes para não conseguir o que quer.

Vamos dar algumas dicas para você entender o que pode estar acontecendo.

Primeiro, faça uma lista com os seus objetivos, o que você quer, estabelecendo datas para alcançá-los. Tenha cuidado para não colocar o que você não quer. Já falamos sobre isso no post “Construindo uma nova auto imagem”. Talvez pudesse reler para lembrar. 

Uma vez definida sua meta (com data limite) convém fazer uma “investigação” para verificar se há congruência. Como fazer isso? Visualize-se naquela data futura que você definiu para alcançar seu objetivo. Nesse dia, você conseguiu atingir sua meta. Como se sente? É ótima a sensação de sucesso, não é? 
Enquanto visualiza-se, responda algumas perguntas para si: 

. O que eu ganhei atingindo esse objetivo? 
. Caso não tivesse conseguido isso, o que eu perderia? 
. O que eu perdi para conseguir isso?

A terceira resposta será a chave para identificar se há ou não congruência. 
Não se iluda, não aceite: “Não perdi nada”. Sempre que ocorre mudança de comportamento, temos ganhos e perdas. 

. O que você tinha no passado e que agora não tem mais com esse novo comportamento? 

No nosso exemplo, ao aplicar a técnica, a moça disse que ela tinha a atenção dos seus amigos no passado. Eles a consolavam quando não se saía bem numa apresentação, a incentivam e diziam o que fazer. “Agora, alcançando meu objetivo, isso não acontece mais e eu não quero perder a atenção deles.” 

Com essa constatação ela conseguiu encontrar a causa da sua autossabotagem. Retornando ao estado presente, pode pensar em novas atitudes ou maneiras de conseguir a atenção dos seus amigos, satisfazendo a sua intenção positiva, sem precisar desviar-se do seu objetivo. 

Outra forma de autossabotagem são os paradigmas limitantes. São padrões ou modelos estabelecidos durante nossa vida, que não podemos provar se são verdadeiros ou falsos e que podem sabotar nossas habilidades e resultados. 

Um exemplo disso, é acreditar que para se ter sucesso é necessário sacrificar-se. Uma das funções do nosso cérebro é a preservação da espécie e a busca do prazer. Então, quem é que vai desejar, conscientemente, sacrificar-se? 

Se continuar pensando que falar em público é algo penoso, o que você acha que vai conseguir com isso? O simples pensamento de realizar algo penoso diminuem, drasticamente, nossos resultados. 

Caso uma criança, passe a sua infância ouvindo o pai reclamando do seu chefe, que ele é uma pessoa insensível, ruim e que maltrata os funcionários, poderá se autossabotar na fase adulta, quando o seu objetivo ou meta o conduzir a uma promoção a chefe. Ele continuará “vendo” a situação com os olhos da sua criança interna e não desejará, inconscientemente, ser chefe. 

As pessoas que querem progredir na vida profissional, ser promovido ou expandir seus negócios e obter mais dinheiro podem esbarrar na dificuldade de falar em público e isso as impedem de progresso profissional. O que vai acontecer se elas têm a crença de que ricos são pessoas egoístas, desonestas e invejadas? Será que vencerão suas dificuldades para conseguir mais sucesso e dinheiro? 

Identifique suas crenças e mude suas referências. Reprograme-se de modo eficiente. É pela repetição que o paradigma se forma. Então, podemos usar da mesma estratégia para quebrar e modificá-lo. 

Identificar a congruência entre você e seus objetivos, e quebrar paradigmas pode não ser uma tarefa muito fácil de realizar sozinho. 
As técnicas de Coaching e PNL podem lhe ajudar nessa tarefa. Talvez seja aconselhável procurar um profissional.  
Certamente, será um grande desafio e vital para o seu desenvolvimento pessoal. 

Abraço





1 comentários:

Excelente texto! Muito esclarecedor!! Parabéns.

9 de janeiro de 2015 às 06:17 comment-delete

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